A noite silente, sorrateira,
Entrou-me pela janela:
Abriu os seus longos braços,
Para eu dormir com dela
E aliviar meus cansaços…
Só para meu refrigério,
Em seus braços adormeci:
O meu sono se fez sonho,
Soltou-se no espaço etéreo,
E foi em busca de ti…
Estavas estático, enlevado,
Num banco de pedra sentado,
Perscrutando o horizonte,
À espera que a madrugada,
Te trouxesse a estrela-d’alva…
Enquanto o rumor das ervas
E da água que brotava no monte,
Seguia o caminho das pedras!
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