São retalhos
Que’ inda guardo aqui
Daqueles que vivi
Partindo deste cais...
São palavras,
Que vem dizer apenas...
Esquece as nossas cenas
Não volto nunca mais.
São momentos
Que solto em meu caderno,
Bordados pelo Inverno
E a dança dos meus ais
Do amor
Só restou a saudade,
Que agora aqui me invade;
Na ponta do meu giz…
Onde invento,
Talvez teu retorno
Num poema sem dono...
Onde tento ser feliz.
Estou Presa,
Aqui neste abandono
Num castelo sem trono
Ao fundo do meu cais.
E abraço,
Cada letra em meu leito
Que guardo junto ao peito
Debaixo dos lençóis.
São poemas,
São versos á espera
Que volte uma quimera
Num beijo que ordena.
E a asa,
Que voa é o teu retorno
Nas pétalas do Outono
No bico desta pena
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