O coração humano é uma jangada
que voga em pleno mar das incertezas,
nas vagas das paixões e das fraquezas
sem âncora segura a ser lançada.
Enquanto vai ao léu o vento brada
enfurecendo o mar nas profundezas
das emoções, tão frágeis e indefesas,
que tornam mais difícil a jornada.
O coração humano é o próprio mar
que se arrebenta todo a se escumar
na praia, sobre a branca e fina areia.
Melhor assim! Que não seja rochedo
o coração humano. E que sem medo
viva o amor, que tanto se escasseia.
Comentários
Belíssimo, este seu soneto dito por Joaquim Sustelo!
Um beijo