Passados que vivi, por onde andei,
Numa estranha viagem de saudade,
Que de alegria , paz e sol me invade,
Nas modestas lembranças que gravei…
Uma infância feliz onde à vontade,
Fui inventor, fui génio, fui um rei,
No mágico palácio em que brinquei,
Dando largas aos sonhos da idade…
Dinheiro não havia p’ra brinquedos!
Contavam-se as moedas pelos dedos,
Mal dando para parcos pães na mesa!
Era um tempo bem farto de miséria,
Tendo as próprias piadas mais pilhéria,
Que riam das carências da pobreza!...
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