Cidadãos enviados pr’a guerra,
Arma em punho, coragem impar!
Pr’a longe desta sua terra
Lá iam … enfim, lutar!...
Por cá se chorava de saudade,
Por lá cumpriam a vossa missão!
Mesmo que contra a vontade,
Era proibido dizerem que não!...
Honraram no longínquo, a bandeira,
Mesmo longe estavam em Portugal!
Ao integrarem cada perigosa trincheira,
Seguiam os trilhos do Hino Nacional!...
Combatiam no Portugal Ultramarino,
Enquanto se chorava no Continente,
Amargura, fruto do incerto destino,
Ansiedade que temia algum acidente!...
Na hora da partida, dolorosa despedida,
Deixavam a chorar as vossas gentes (…)
Uns sofreram, perderam a própria vida!
Outros voltaram “incompletos” – deficientes!...
Todos os que defendem o querido Portugal,
Sentindo correr nas veias sangue militar …
Vão sofrer para todo o sempre do “mal”,
Que as marcas da guerra não podem apagar!...
Nesse tenebroso pesadelo por vós vivido,
Sempre cumprido com dedicação e lealdade,
Um nobre e forte sentimento, tomou sentido,
A cada vez mais inabalável, sólida amizade!
Os que voltaram com missão cumprida,
Têm muitos episódios e bem vincados
Os que por lá perderam própria vida …
Serão pr’a sempre … por nós recordados!
Todas as alusões à vossa tenaz coragem
Serão sempre muito pouco … insuficientes,
Recebam hoje, esta brejeira homenagem,
Um abraço a todos vós … ex-combatentes!...
Uns mutilados, outros falecidos, heróis!
Todos mechem com o nosso sentimento.
É justo, abraçar-vos – amigos que sois,
È merecido este nosso reconhecimento!..
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