Corria num cavalo
por inóspitas paisagens
derrubando o vento
veloz.
O meu rosto
eram os socalcos
penetrando segredos
do desconhecido.
Entontecia-me
naquela viagem inalterada
não pela minha vontade
mas pelo meu medo
e a alegria de partir
era já saudade
do meu primário anseio.
Sou criança
espraio-me no além azul
e caminho pisando
conchas nacaradas
imagino a minha cidade
de luzes apagadas
o rio
os perfis de Luar
adormecido
nas sombras do regresso.
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