Sonhei-te flor no voo livre das gaivotas
e senti que era abelha, procurando o néctar
das palavras, pra solfejar amor
sem amarras nenhumas.
Por isso é que dedilho as cordas mais devotas
do coração, orando versos que, por certo,
são azuis de mar e céu, no fulgor
tão alvo das espumas.
Ocorre então sentir que a paz me abençoa,
na olorosa e doce prece, maresia
aspergindo ternura.
Marítimo mistério que em mim ecoa,
só de sonhar que és a flor da Poesia
voando na lonjura.
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