na rua de onde partiste
ali na esquina onde te ia esperar
havia um banco pintado de azul mar
havia uma roseira vermelha no caminho
uma casa pequena com cortinas de linho
havia flores a espreitar às janelas
havia poemas a lindas donzelas
havia um relógio sem ponteiros nem horas
havia um abraço que não tinha demoras
na rua de onde partiste
ao lado da roseira vermelha do caminho
junto à casa com cortinas de linho
sem que da janela espreite qualquer flor
há agora um banco sem abraços nem cor
ainda assim me vou lá sentar
para ouvir o teu nome baixinho
sussurrado no azul mar
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