Acordei meu Abril de madrugada
Sem armas, militares e outras gentes
Os cravos inda cheiram a alvorada
Alheios às misérias emergentes
Rasgam-se mil vontades em desejos
Neste Abril melancólico e de medo
Nem sequer há canções ou simples beijos
Há somente poemas sem enredo
Mas Abril, esse rio ferve em mim
Em ondas de bravura sem ter fim
Cujas águas revoltam a saudade
De Abril não se esqueceu a natureza
Sem ter prisões, floresce e dá beleza
Perfumando a ditosa liberdade!...
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