e a todos quantos via perguntava:
— ao velho, ao jovem que na vida entrava,
ao inocente, ao justo, ao pecador.
De minha mãe às vêzes, indagava.
Ela estranhando, repetia: "Amor?!"
"Leia o vocabulário" — me ordenava
o meu velho e sozinho professor.
Fui percorrer então o dicionário:
— Amor... amor... amor... sentido vário
de mil explicações em labirinto...
Não cheguei a entender. E fiquei triste.
Ou o amor em verdade não existe,
ou só existe aquêle amor que eu sinto.
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