Não quero, não- Eugénio de Andrade

 Não quero,
não quero, não,
ser soldado nem capitão

Quero um cavalo só meu,
seja baio ou alazão,
sentir o vento na cara,
sentir a rédea na mão.

Não quero,
não quero, não,
ser soldado nem capitão

Não quero muito do mundo:
quero saber-lhe a razão,
sentir-me dono de mim,
ao resto dizer que não.
 
Não quero,
não quero, não,
ser soldado nem capitão





Comentários