Nas margens da minha estrada
Existem silvas, cardos e flores
Repousa minha alma cansada
De tão voláteis amores…
Quero a estrada só para mim
Como terna dádiva de Deus
Feliz ou infeliz, assim...
Que encanto aos olhos meus!
As silvas de espinhos repletas
Ultrapasso com grande dor
São uma etapa completa
Recompensada com amor.
Os cardos são sobressaltos
Não matam, mas não contenta
É com os baixos e os altos
Que a minha coragem aumenta.
Colho as flores com carinho
Admirável sua beleza
Foi meu ventre o seu ninho.
Tão bela é a natureza!
São dois cravos já libertos
Que adornam a minha estrada
Dois filhos para quem desperto
Desta longa caminhada
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