Esta serra de Monchique,
Serra tão linda, tão bela!...
Não deve haver quem não fique
Apaixonado por ela!
.
Só nesta tão linda Terra,
Em grande tranquilidade,
Eu esqueço que existe guerra
No mundo, tanta maldade!
.
Olho-a e, com grande enlevo…
‒ Oh minha serra, meu berço!
Eu nem sei como me atrevo!...
Descrever-te assim, em verso.
.
As tuas árvores frondosas
(se o sol está a queimar,)
Dão sombras maravilhosas
A quem as possa gozar;
.
Nos seus ramos, a cantar
Vou ouvindo os passarinhos;
No tempo de acasalar,
Constroem nelas os ninhos;
.
Pelo fundo entre colinas
Correm as frescas ribeiras;
Vêem-se casas branquinhas
Espalhadas nas ladeiras.
.
Oh, minha serra verdinha!
Jorrando água das nascentes;
Que tão boa, tão fresquinha!...
Cura até, alguns doentes.
.
Que serra maravilhosa!...
Porque a acho linda e bela,
Sinto-me sempre orgulhosa!
‒ Ter também nascido nela.
.
Não posso em tudo falar
Pois sei bem que não consigo.
– Tem boa água e bom ar;
‒ É só verdade o que digo!
.
Esta serra tem pra mim,
Um valor, tão…‒ sem igual!
É toda um grande jardim!...
– De beleza natural.
(do livro: NASCENTE DE VERSOS)
Comentários