A rosa e o espinho- Jorge Pincoruja

 

Ele era assim como o mar
Que se entrega sem se dar ...
Ele seria a onda mais mansa
Que na areia adormece e descansa
E  volta e meia, esquece-se de voltar.

Ele era assim como a terra ...
Que frutifica as colunas que seguram o céu
A luz que ilumina o mundo
Retrospectivo e profundo
Em todo o ser que for seu.

Ele podia ser a rosa e o espinho
O céu cinzento e um dia de nevoeiro
Um desconhecido á procura do caminho
Um silencio gritado de mansinho
No verso de um poema estrangeiro

Ele era assim como o vento...
Ou  talvez uma brisa passageira
Um adeus escrito no tempo
Uma passagem ligeira

Ele era tudo o que quis ser
O mar, a terra, o vento e o sol no olhar

A lua se no céu aparecer
Será sem dúvida outra forma de ser
No  homem que quiser ter
Em si, todas as formas de amar.


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