A capelinha do monte- Rama Lyon



Lá no alto, tão branquinha
No esplendor da serrania,
Brilha aquela capelinha
Onde nós fomos um dia.

Decorria a procissão
Quando eu te abordei
E ao bater do coração
Meu amor te declarei.

Lembro ainda com saudade
O vermelho do teu rosto
A corar de f’licidade
Nesse lindo mês d’Agosto.

Com a nossa timidez
Num beijinho doce e terno
Fizemos com sensatez
Uma jura d’amor eterno.

Na romaria do monte
Enlaçados mão na mão,
Como a água lá na fonte
Nasceu a nossa paixão.

E cresceu cada vez mais
Ao longo de muitos anos,
Sem nunca haver temporais
Decepções ou desenganos.

Louvada seja a Senhora
Que mora naquele altar
Pela ideia protetora
Que teve em nos juntar.


Comentários

Unknown disse…
Louvada seja! Tão igual seja a nossa capela pessoal, o ornato espiritual donde viaja a busca inicial, lá, o coração se prostrou em juras e só se fez crescer...

Poesia bonita Eduardo
abraços
Grata pelo seu comentário, mas este poema é de Rama Lyon, não de Eduardo. Gratidão pela visita e por gostar de poesia.