Tocavam os raios ensolarados e madrugadores
Nas vastas planícies, terras por conquistar…
Do chão brotavam vidas e esperanças de amores
Colhidas por ninfas ao som de flautas, a dançar
Mas nessas terras, também corriam ventos de tirania
Trazidas por lordes e senhores de um Rei ditador…
Cobrando liberdade a um povo que por ela ardia
Forçados às leis impostas pelas espadas, suor e dor
Num acto de demonstração do poder constante
Cercaram aldeias furtando vidas de camponeses indefesos…
Apressada! A fome do mal se tornou faminta de sangue
E dele a sede se saciou abundante… sem medos!
Crescera então a maior rebeldia com voz de vingança
Dentro de um puro homem até então, agora em luto…
Correm lágrimas pelo fio de sua espada… a herança!
Guardada e deixada como revolta, amargo fruto!
Nos tristes olhos desse homem, se espelhava a retaliação
Liderada e encorajada por si, junto ao seu fiel clã…
Instigou aos seus famintos guerreiros, a corajosa revolução
Para a eterna liberdade de sua amada e terra sã
Iniciou por travar pequenas grandes batalhas
Conquistando terrenos, liderança e respeito…
O seu nome se fez ecoar, passando as altas muralhas
Fazendo chegar ao tirano Rei, grandezas do seu feito
Mas a mente do ditador era cruel como punhais
E a seu mando lançou a morte pela encruzilhada…
No passado, retirara a vida de seus amados Pais
E agora o seu melhor e ultimo tesouro… a sua amada!
Seu coração se inundou num rude ódio e raiva
Unindo um exército sedento de um País livre…
Batalharam lado a lado como guerreiros pela pátria
Espalhando o sangue pelas planícies, de punho firme!
Como patriotas, lutaram por vitoriosas esperanças
Em campos ardilosos, de uma forma alada…
Em tempestuosos ventos de traições e fianças
Fora capturado o mais nobre guerreiro, caindo na cilada
Tentaram-lhe impor uma fé, fazendo-o rogar perdão
E benevolência aos pés do arrogante ditador, sua Majestade…
Sob pena, foi acorrentado, torturado e mutilado… mas em vão!
Porque mesmo na sua morte, gritou num último suspiro…
Moisés Correia
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