Parem senhores da guerra- Moisés Correia


Em noite fechada, progride o medo!
Despertado por arruaças em tropel,
Desmedidas atitudes que em carrossel
Giram incertezas, num mundo em puro apelo!

Hesitantes dúvidas que nos fazem pensar!
Em parâmetros de vidas sem futuros,
Que por tristezas, resvalam nos muros
Despautérios dos senhores do guerrear…

Percorrem distâncias sem medidas,
Em forças agasalhadas de duras munições
Que perfuram escudos de nobres corações,
E fazem chorar á luz do dia…inocentes feridas!

Vestem em sua pele o papel de hienas!
Prevendo o sangue, percorrem savanas sedentas…
Por saciarem de vergonhosas batalhas horrendas,
Intitulando-se… gladiadores das arenas!

Arenas do mundo com bombas a explodir!
Em mais uma de muitas guerras sem razão,
Pondo na linha da frente, putos com armas na mão!
Acordando sonhos dos que não mais vão dormir…

Esses! Os senhores que não vestem o uniforme!
Os que contam com todos para vencer,
Mas que não vão á guerra para morrer,
Chacinam por todo o mundo, milhares de crianças á
fome!

Esses! Os que se escondem em suas mansões!
Quando delas, vêem bombas a cair!
Os que ordenam e constroem para destruir
E escapam às grades de merecidas prisões…

Esses! Os que constroem os blindados!
Que com fatos de cerimónia, tapam cegueiras,
Hipócritas! Colocam em caixões, coloridas bandeiras…
Nas campas dos que por eles são sepultados!

Parem! Esses que se intitulam de senhores!
Os que ditam sua própria lei, mas que com ela erra!
Parem! Esses que se divertem com os horrores!
Parem os senhores da guerra!

Moisés Correia

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