A voz de um exilado- Eduardo Mesquita



Nesta ilha imensa de cardos plantada
Onde eu nasci num engano de amor
Cresce agora lesa minha voz carcerada
Soltando ao vento os meus sinais de dor.

Neste triste exílio passeando de andor
Eleva-se ao poder uma lâmina afiada
Pensando cortar a raiz semeada
De um pensamento digno de louvor.

Pensamento de sábio... a voz da verdade
Perdura em meu peito triste e exilado
Que luta escondido pela liberdade.

Eu grito em silêncio e vejo o outro lado
Um povo lutando nas ruas da cidade.
Sangra Santiago no Chile mutilado.

Esta foi a minha voz em solidariedade
para com o povo chileno, no tempo da
ditadura repressiva de Pinochet.

Eduardo Mesquita

Comentários

um poema de luta e coragem!!

forte abraço