O sangue vermelho
do homem branco,
do homem preto,
do homem amarelo,
o sangue é vermelho,
é um sangue só.
O leite branco
da mulher branca,
da mulher preta,
da mulher amarela,
o leite é branco,
é um leite só.
Deus pôs por dentro de homens
e mulheres
de aparências tão diferentes,
uma humanidade só:
o mesmo anseio, a mesma fome,
o mesmo sonho, o mesmo pó;
o mesmo sangue vermelho,
da cor da vida, da cor
do amor,
e mais:
o mesmo leite branco,
da cor da paz.
JG de Araujo Jorge
Comentários
Parabens pela escolha
Abraços
Antes de ler, olhei para o nome do autor e conclui que não o conheço.
Nunca li nada dele nem recordo de ouvir falar dele.
Não fui ver as indicações em baixo.
Li, e impressionou-me muito.
Achei lindíssimo.
Julguei tratar-sede um autor contemporâneo, e achei fantástico como estas palavras são para o dia de hoje.
Só no fim...vi a data de nascimento e morte do poeta.
Fiquei espantada!
Já nessa altura estas palavras eram actuais....e continuam...e continuarão... a ser actuais, verdadeiras e necessárias
Obrigada.
Faço questão de recitar este poema algum dia.
(Eu recito poemas)
Tenha um bom fim de tarde.
Abraços para si e para o Eduardo
Viviana