Tenho ciúmes do luar- Rama Lyon


Escrevi versos à lua
E da noite fiz canção.
Vou cantá-la na tua rua
Virado ao teu coração.

Preparei uma guitarra
E afinei a minha voz,
Pra cantar com toda a garra
Este amor que há entre nós.

Peço à lua resplandecente
Com seus raios cor de prata,
P’ra ser nossa confidente
Nesta linda serenata.

Penso bem ver-te à janela
Com o brilho da lua cheia,
Nessa tua graça singela
Que a sorrir me incendeia.

Como simples pobrezinho
Que com pouco se consola,
Quero apenas um beijinho,
Que me dês, como esmola.

Quem me dera poder ver-te
No teu leito repousada
E a cantar poder dizer-te
Que tu és a minha amada.

Mas confesso estar farto
E ter ciúmes desse luar
Que dormita no teu quarto
Onde eu não posso entrar.




Comentários

Este poema é lindo. Consegui visualiazar os efeitos da natureza contagiando os sentimentos... E de novo senti a habilidade em escrever conseguindo por-me dentro do quadro onde as quadras tem o poder de nos oferecer. Gostei muito do título. E muito deste verso:

Mas confesso estar farto
E ter ciúmes desse luar
Que dormita no teu quarto
Onde eu não posso entrar.

Parabéns Rama
Eduardo Mesquita disse…
Um poema romantico onde nao lhe falta a musicalidade numa harmoniosa melodia de desejos.
Um abraco
Eduardo
RAMA.LYON disse…
Obrigado pelos vossos comentários a este modesto poema

Rama Lyon