A guerra voltou de novo
A este Mundo incapaz
De controlar o seu povo
Que não quer viver em paz.
E nós vamos assistindo
Ao semear da destruição,
Com as bombas já caindo
A matar sem compaixão.
No ’’poleiro’’os fabricantes
Desta máquina infernal
Vão dizendo, delirantes,
Que é para atacar o mal.
Eu talvez, seja ignorante
Nesta guerra sem juízo.
Mas não vejo um só instante
Que tal acto seja preciso.
Já pensei a vida inteira
Sem poder compreender,
Se não há outra maneira
D’haver calma sem morrer.
Neste mundo, entristecido,
Eu não sei mais o que sinto,
Sou um poeta, já perdido
No centro dum labirinto.
Mas no fundo até percebo
Que p’ró mal que há na terra,
Não são os versos q’escrevo
Que farão parar a guerra.
Comentários
O ser humano não resiste à tentação de viver em permanentes conflitos.
Os animais não matam, caçam pela sua sobrevivência, mas os humanos que matam são aqueles que menos precisam.
Um abraço .
Eduardo.
Um poema lindo, como sempre escolhes bem.
Beijinhos com carinho
Sonhadora