Orgulho
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Nem que eu lavre a terra dura e petrificada,
com as mãos sangrando, nem que me arraste,
nem que o descanso da noite de mim se afaste,
mesmo que a canseira de dia seja perpetuada.
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Nem que o desprezo tente que o meu ser desvaste,
nem que da minha vida, veja a paz afastada,
nem que a minha face envelheça de tão cansada,
nem que o suor do meu trabalho, o meu corpo gaste.
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Não vou desistir de viver nunca !... os meus ideais,
os valores que me conduzem e me são leais,
em cada dia que passa e me dão liberdade.
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Ninguém me vai furtar a vida por mim desejada,
nem que tenha que escolher de entre tudo, o nada,
se no nada estiver o tudo que quero, a Dignidade.
Eduardo Mesquita.
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