Crónicas ocasionais- Sensibilização- Eduardo Mesquita



Por vezes, não consigo esconder as minhas emoções, regresso à minha infância e à minha escola primária, percorro a minha adolescência e recordo os meus tempos do liceu, revivo os momentos com os meus amigos...saudades? Não. Eu só queria que tudo estivesse bem com todos e eu queria também muito que não fossem tão resignados, porque não é uma questão de não haver saídas, é muito mais uma vontade de querer mudar o rumo da vida dos nossos filhos para melhor. Não estou desiludido com os meus amigos, mas sim com o meu povo que se deixa espezinhar e nada faz para se libertar da tirania que se instalou no poder e que vai continuar, com a conivência de quase todos. Hoje penso, mais que nunca que não há maior repressão que aquela que é consentida por nós...basta de pensar que não há alternativas... a alternativa está em cada um de nós. Vamos mostrar ao presidente da república o tipo de homens de têmpera que o nosso país precisa...não é preciso uma revolução, apenas uma atitude séria de mudança.

Seria bom, que bastasse que olhassem para a taxa de desemprego dos jovens portugueses neste momento para se sentirem sensibilizados para a tal mudança, que pudesse acabar de vez com situações como aquela em que o filho do Dr. Durão Barroso foi directamente para os quadros do Banco de Portugal, por pura competência...a mesma competência que o pai tem para ser integrado nos mais altos cargos do Kalifado de Pinto Balsemão. Tanta coincidência que nem mesmo nos tempos do império de César Augusto deixaria de ser questionada, porque já nessa altura, à mulher de César não bastava ser honesta, tinha que parecê–lo. Mesmo em democracia, a competência quase nunca está ligada ao poder, mas sim aos próprios interesses desse poder e todos sabemos disso...eu quero que Portugal mude e daqui apelo aos meus amigos de infância, aos meus amigos e colegas do liceu de que está nas nossas vontades essa capacidade de mudar a hipocrisia, que se instalou no poder. Só é preciso uma atitude firme de todos , baseada nos direitos constitucionais...as eleições estão quase a chegar e para os mais distraídos se não sabiam disso, bastaria estar atento às afirmações do primeiro ministro quando já em campanha eleitoral explicita, afirmou que nunca mandou os nossos jovens emigrar...palavras para quê! É este senhor mentiroso que corre o risco de ser por mais quatro anos o chefe do governo, se não se souber dizer... JÁ CHEGA.

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