Tanto Sol entornado pelo mundo!
Tanta luz espalhada terra fora!
Do Horizonte ao barranco mais profundo
Pulsa uma vibração, quase sonora.
Há Sol nas mãos do vento vagabundo
E Sol no coração de cada amora.
Um Sol violento, lúbrico, fecundo,
A encher de fogo a lucidez da hora.
O Sol enxuga o pranto mais secreto;
O Sol aquece as folhas e a raiz;
O Sol acende a Vida e aloira o "fim".
E há tanto, tanto Sol neste soneto,
Que até duvido se fui eu que o fiz,
Se foi o próprio Sol que o fez em mim!
Maria Helena
Do livro ´´À ETERNA LUZ DOS INFINITOS SÓIS``
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