Sufoco- Carlos Lobato



Ser ligeiro
como vento,
sem sufocar.
Além de tudo,
um naufrágio subtil
num horizonte perdido.
Ficção envelhecida
em duas bocas de veludo.
Do céu e da terra,
um toque de nevoeiro,
o beijo perfeito.
Falta-me oxigenar a razão.
Apertar rochas de água salgada
e beber o destino.
Talvez haja um momento,
lento, muito lento
que me embriague o ego.
Saber ser leve
e ligeiro,
como o vento.
Sem sufocar.



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