MIL CORES- Ana Barbara Santo Antonio


Salpicos de feno e ferro e ocre e verde
Em pedrarias bordando a seda a serra
Cintilando brilhos que lhe matam a sede
Orvalhos límpidos humedecendo a terra
No seu manto de viva e cor a natureza
Os prados os vales por mais escondidos
Adornam quais gargantilhas de sentidos
Recantos de esplendor e tímida beleza
E na tela do pintor em aguarelas inspiradas
Teimam tonalidades com humor do tempo
Num verso imperfeito de rimas pintadas
O poeta na sua loucura imagina jardim de flores
Onde o pincel derramou pranto pensamento
E humedeceu de espanto em mil cores

musa


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