Os poetas nunca morrem- Eduardo Mesquita


Os poetas nunca morrem,
são um degelo constante,
purificam o sal dos mares

e os pecados dos que correm,
na floresta quietante,
com rubis nos seus colares.
Adornos de silicone, entusiasmados
á volta do sol, elipse perfeita,
mas mais estéril que o solo lunar
onde os rios acorrentados
seivam uma floresta estreita
e a luz chega, a chorar.
Os poetas nunca morrem,
são a sémola do mar.


Eduardo Mesquita

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