Doem-me as palavras- Maria da Encarnação Alexandre

 



Doem-me as palavras que dançam ao vento 
Que calam o amor no frio da madrugada 
Palavras caídas em solo barrento 
Qual chuva abundante em terra já molhada 

Quando cai se esvai sem pesar ou lamento 
E nela caindo assim determinada 
A dessenta e lava esquecendo o tormento 
De transpor as sombras, de cair calada 

Doem-me as palavras que o vento consome 
Palavras com lágrimas com alma e fome 
Que bebem o grito e ficam por dizer 

Doem-me as palavras, todas as palavras 
Ditas ou perdidas em nefastas lavras 
Palavras nascidas, prontas a morrer 

A poetisa na página da Rádio Horizontes da Poesia

Comentários

Maria Alexandre disse…
Grata pela partilha do meu poema.
Abraço
Maria Alexandre é um enorme prazer partilhar poesia. Parabéns pelo poema e pela bonita voz. Acredito plenamente que a poesia pode ajudar a mudar o mundo. Um abraço!