TEMPO QUE ME FOGES -Manuel Adriano Rodrigues Rodrigues

 Quanto queria saber parar o tempo,
Aquele tempo que me foge,
Que me cria este lamento,
Mas ninguém me escuta, ninguém me acode.
Tempo que foges de mim,
Não me deixas as ideias terem fim,
O tempo que ontem me sobrou,
Hoje tanto… tanto…, que me faltou.
Ah…!!! se eu soubesse parar o tempo,
Tantos projectos a que daria provimento,
Tempo, porque não paras? Tens sempre pressa em correr,
Pára!!!, descansa!!! Deixa o tempo em ti acontecer.
Esse teu tempo…, tão fugidio,
Como um animal selvagem e vadio.
Quanto queria recuperar o tempo perdido,
O que não construi..., o que queria ter construído.
Perdido no tempo, de querer fazer tudo num momento,
Momento, em que não fiz tudo o que quis,
Não me deixou ser feliz.
Oh…!!!, tempo malvado!
Porque não descansas, e ficas em mim sossegado?
Porque não fazes uma aliança comigo?
Dás-me o teu tempo…,
Eu prometo, ser sempre teu amigo,
Podemos fazer uma aliança de sangue,
Dás-me o teu tempo…,
Prometo que contigo não me zangue,
Oh!...!!! Tempo malvado!
Do que já passaste, fazes-te chorado,
Porque não paras, e te fazes anunciado?
De tanto caminhares, não te sentes cansado?
Tempo andas sempre diligente,
Não sabes andar para trás, só conheces o andar para a frente,
Oh!!! Tempo perdido…, sempre avançado…, sempre vencido…



Comentários